Horda Homicídio
Entrevistador: Roberto Marra Carvalho
Entrevistado: Márcio Morais
1- Primeiramente quero agradecer sua participação aqui no site Cerrado Rock, é uma honra para nós. Seria interessante você falar sobre os primeiros passos da Horda Homicídio, quais eram as ideias na época, o que queriam com aquela a primeira formação e naquele momento?
Só temos a agradecer todos os guerreiros que contribuem com toda e qualquer forma de divulgação do cenário underground, como você está fazendo no Cerrado do Rock! O início foi toda aquela empolgação de moleque de montar uma banda, começamos um trio mas até a banda se estabilizar e definir um estilo musical que tinha haver com nós, demorou um pouco , mas assim que se concretizou iniciou com um quarteto e um som já defendido que era na linha Death/Black/Doom metal que era o que as bandas oitentista faziam, ou era só Death ou só Black ou só Doom e nós misturamos os três estilos, mas tudo surgiu naturalmente sem querer misturar os estilos musicais! A ideia era fazer um som que tivesse haver com nois e participar da cena metal
2- O Underground naquela época era considerado mais difícil, por não possuir uma boa estrutura e não ter os meios de divulgação que existem hoje, na sua visão como vê a cena naquela época (1987) na sua cidade?
Em termo de divulgação, de aparelhagem, gravações, ensaios, era bem precário e difícil tínhamos que reunir várias bandas para juntar a aparelhagem para ensaiar, a divulgação era feita por fanzines e por demo tape, e havia muita troca de material pelo correio que também ficava caro na época agente não tinha muita grana para estar enviando material para outros estados e até outros países, era na raça mesmo que se fazia o underground movimentar, mas por outro lado a galera era mais unida mais amigável, todos participação e compareciam nos evento que tinha!
3- Foram inúmeros membros que entraram e saíram da Homicídio, isso a seu ver foi positivo pelas diferentes influências das pessoas que entravam traziam ou negativo se considerar que o entra e sai atrapalhava o desenvolvimento do grupo?
A banda já está com 31 anos na luta teve seus altos e baixos como todas as bandas de metal e com isso teve uma certa rotatividade de membros, mas para o Homicídio não teve nenhum ponto negativo com esta rotatividade e sim pelo contrário cada membro que passou pela banda trouxe algo de novo que impulsionava os trabalhos, eu mesmo só tenho a agradecer a todos que contribuíram para a banda está aqui na atividade até hoje. A maioria só saiu da banda por estar buscando uma melhoria de vida, estava sem tempo para a banda. Onde uns continuaram estudando fazendo vestibular , faculdade outros na busca de um emprego melhor. Banda de metal aqui no Brasil e difícil, só temos gastos e nós precisamos ter uma outra fonte de renda para a sobrevivência e o meio underground e uma arte e para não deixar morrer esta arte nos damos o sangue e a alma para manter a chama do metal aceso .
4- Vocês gravaram vários materiais, geralmente qual é a forma de gravação que vocês gostam de fazer? Tudo gravado ao mesmo tempo? Metrônomo? Conte-nos das experiências de gravações que tiveram no decorrer da sua história.
A maioria do nossos matéria foram nos mesmos que produzimos. No início gravamos as demo tape com um gravadorzinho no canto da parede, e ficava boas as gravações dava pra divulgar bem o trabalho. Gravação de estúdio profissional era cara e aqui não tinha estúdios que fizesse este tipo de trabalho com bandas de metal então tínhamos que fazer da forma que estava ao nosso alcance, mas com o passar do tempo foram surgindo estúdios de ensaio de gravações, onde gravamos a demo tape oficial de 1996 The Search, todos os instrumentos separados depois feito a edição. Em 2002 gravamos o hellway, já com recurso mais moderno no computador, mesas de som aparelhagem boa, esta gravação foi tudo ao mesmo tempo, esta gravação nos não íamos divulgar mas acabamos passando o som para o pessoal que pedia o cd. O CD impuros já foi gravado todos os instrumentos separado, era para ter um resultado melhor mas queríamos que o resultado final ficasse como aquelas demos antigas, o som meio sujo. O cd Angústia Infinita também gravamos todos os instrumentos separados, usamos o metrônomo e também queríamos que o som fica-se um pouco sujo não muito limpo mas melhor que o cd Impuros . Todas as gravações fazemos no nosso estúdio mas com a participação de todo os membros no resultado final. E cada vez que fazemos as gravações vamos melhorando e corrigindo os erros passados.
5- Atualmente qual é a formação da Horda? Escreva um pouco sobre cada membro.
Hoje a formação atual do Homicídio se encontra assim: Doidão – guitarra e vocal – Murdock – baixo Aberração – bateria Azazel – guitarra. O Murdock é um brother das antigas, já tem mais de 25 anos que estamos juntos nesta batalha underground. O Aberração e o Azazel e desta galera mais nova que já estava andando com nós e curtiam muito o som do Homicídio, aí em 2018 com a saída do Ocultan ( baterista), convidamos eles para fazer parte da horda, onde abraçaram a causa.
6- Vocês já tiveram a oportunidade de tocarem na região do Triângulo Mineiro, muito tempo atrás em Araguari, depois no Crossover em Uberlândia, estão de volta nesse próximo Profane, qual é a expectativa de tocar nessa celebração do dia 15 de fevereiro?
Para nos é como que estivéssemos na nossa própria casa, onde encontramos nossos verdadeiros irmãos que sempre nos recebeu com muito respeito, só temos a agradecer a todos vocês e isso nos traz uma grande satisfação está pisando nesta terra sagrada dos verdadeiros guerreiros do metal, e ainda tocando ao lado do Escaravelho do Diabo, uma horda que já tem uma história no metal negro e merece o nosso respeito.
7- Estão com algumas composições novas? Tem alguma previsão de quando irão gravar de novo?
No ano passado iniciamos a gravação de um novo cd, e já estamos nas partes finais, logo estará disponível para o pessoal. Já tem 2 músicas novas que fazem parte do nossos show , a Holy Land e a Zeus .
8- Vocês já organizaram eventos em Goiânia também? Como vê esse lance de fazer intercâmbio?
O intercâmbio é muito importante para a cena metal, onde se da oportunidade de divulgar novos som, novas bandas para não ficarem naquela panelinha viciantes onde sempre tocam as mesmas bandas. Sempre que a possibilidade nos organizarmos pequenos eventos e em todos eventos que fizemos sempre trazemos bandas de fora e sempre dando oportunidade para bandas novas, procuramos inovar cada vez mais.
9- Quais são as principais temáticas que vocês usam nos hinos? Geralmente você é quem mais escreve?
Todas as composições e letras são minhas, mas sempre que a uma música nova os membros participação indiretamente também, onde surgem pequenas ideias que mudamos a estrutura das músicas. As composições deixo surgir naturalmente saindo da alma, do sentimento profundo e obscuro. As letras são bem ecléticas, abordo temas como: críticas religiosa, fanatismos, críticas políticas, magia negra, esoterismo, mitologias antigas, círculos infernais, batalhas épicas, sentimentos obscuros e depressivos, solidão, ocultismo. Então quando surge aquela ideia aí começo a escrever a compor sem seguir um padrão, deixando fluir.
10- Deixe suas considerações finais, uma mensagem para os apreciadores da horda.
Venho falar Por todos os membros da horda Homicídio, tantos os que estão presente hoje e os que já passaram pela horda. Só temos a agradecer todo, pelo respeito que temos diante do público que sempre tem nos acompanhado e nus apoiando nesta batalha nas trevas infernais.