Entrevistador: Roberto Marra Carvalho
Entrevistado: Murilo Ramos
1- Saudações Murilo, primeiramente muito obrigado por ceder uma entrevista para o Cerrado Rock. Conte-nos mais dos primórdios da banda, surgimento e escolha do nome.
Bom dia. Primeiramente muito obrigado por ceder espaço pra falar sobre nosso trabalho, muito foda \m/. Quanto aos primórdios, basicamente a banda começou comigo na guitarra e o Leonardo na bateria. Após nossas primeiras músicas – que estão na DEMO – já surgiu a ideia de montarmos uma banda, e nisso, o João, que já era bem próximo de nós, comprou um baixo e começamos a partir disso. O nome foi ideia do Leonardo, ele já tinha o nome antes mesmo da banda, e encaixou perfeitamente.
2- Vocês mandam um Thrash metal com alguns elementos de death metal, como gostam de compor as músicas, tem alguém que faz a maior parte das letras e bases? Como funciona?
Na maioria das vezes fazemos música a partir de um riff de guitarra ou do baixo, e depois vamos adaptando ao nosso estilo. As letras, em sua maioria, sou eu quem escrevo.
3- As letras geralmente tratam de assuntos mais específicos? Ou escrevem temas mais diversificados possíveis?
Eu não escolho os assuntos das letras, eles simplesmente surgem na cabeça. Vão desde as profundezas da mente humana e nosso comportamento, até a mais pura insignificância.
4- Já lançaram uma demo e recentemente o EP “Sepulchral Lullaby”, escreva um pouco sobre o processo do primeiro material e a evolução até chegaram ao ep, (que por sinal ficou muito bem produzido).
A DEMO foi nosso primeiro trabalho em estúdio, tanto da banda quanto de nossas vidas. Lá se encontra as primeiras composições da banda. No EP “Sepulchral Lullaby” fizemos muitas coisas que faltaram da DEMO, sendo coisas que giram em torno da produção, como timbre, execução e o inglês, que é uma parte que melhoramos bastante.
5- Já participaram de muitos eventos? Como vê a cena na sua cidade, estado e em nosso país?
Já. Aqui em Piracicaba-SP sempre teve uma cena musical bem rica, com muitos eventos e bandas. Falando de metal, diversos eventos acontecem, ou costumavam acontecer antes do Covid, em locais como Casarão Music Studio, Esgoto Bar, Benjamin Rock Bar, e também no Engenho Central, que vez ou outra rola festivais de música autoral como o “Rockaipira” da qual participamos da edição de 2019. Acompanho a cena do país pela internet, e atualmente existem muitas bandas emergentes que estão fazendo um trabalho foda!
6- Já tocaram em Minas Gerais? Conhece bandas daqui? Em nossa cidade fazemos muitos intercâmbios, vocês já chegaram a organizar algum evento em sua cidade?
Até então nunca tocamos fora de SP. Conheço bandas como Mutilator, Sarcófago, Holocausto e entre outras. Já, inclusive nosso último show de lançamento do EP foi organizado por nós e pela “Funderground”, que é um selo parceiro aqui da cidade.
7- Na sua opinião, quais são as maiores dificuldades de se manter uma banda underground no Brasil?
Acredito que a primeira coisa é a mente, você tem que saber o que quer fazer e onde quer chegar com a banda, antes de tudo ter pé no chão! Só por estarmos no Brasil já é um desafio a mais, pois sabemos que o incentivo à música, cultura e arte não são dos melhores né?! E também, muitas vezes falta estrutura e lugar pra tocar, banda tem de sobra. Usamos essa “dificuldade” como uma motivação para continuar fazendo um trabalho genuíno e que seja a nossa cara.
8- Escreva um pouco da trajetória dos integrantes da STAB, comente o que fazem fora da banda. (é interessante a galera conhecer essa realidade).
Eu trabalho como vendedor em uma loja de instrumentos musicais. João trabalha com o pai dele, vendendo material de reciclagem. Leonardo trabalha no ramo da gastronomia.
9- Quais são os próximos passos da banda, estão divulgando o novo material, tem cópias físicas também? Quais as perspectivas de vocês após passar esse período que estamos passando?
Para essa quarentena vamos lançar uma série de vídeos, no formato de quarentena, com músicas inéditas e um cover em breve. Temos mídia física, quem quiser adquirir um “Sepulchral Lullaby” em Digipack é só entrar em contato e combinamos. O plano para depois disso é voltar na ativa com os shows e tocar fora do estado. Um Full Álbum está nos planos também.
10- Deixe aqui suas considerações para a galera que está conhecendo a banda agora, e para aqueles que já vem acompanhando o trabalho de vocês.
Sigam a banda nas redes sociais, pois está por vir coisas que não poderão voltar! Ouça nossa música nas plataformas, compartilhe e apoie o nosso underground. Muito obrigado pelo espaço \m/ Tamo junto Cerrado Rock.