Innominatum

Entrevistador: Roberto Carvalho.

1- Primeiramente, quero agradecer a entrevista concedida ao cerrado rock. Conte-nos como foi a escolha do nome da banda? Qual o seu significado.

Fred Serraglia – Eu que agradeço, é uma honra. Bom, o nome da banda foi criação do nosso manager Neirivon Cardoso, depois de pesquisarmos vários nomes que não se “encaixaram” com a banda. É de origem latina e significa “sem nome” ou “o que não pode ser dito/pronunciado”.

2- A banda se intitula death metal, mas com outras influências do metal, como se dá essa mistura?

Fred Serraglia – bem, eu venho do heavy metal, o Guilherme Maywald vem do black metal e o Preto Souto do death metal old school. Então deu essa mistura da técnica do heavy metal, com o lado sombrio do black metal e o peso do death metal prevalecendo.

3- Com a saída do vocalista e você assumindo-os, notei que tem uma pegada de vocal mais rasgado, achei bem interessante ao vivo, o que está achando de cantar?

Fred Serraglia – Está sendo uma experiência nova e fascinante, pois eu, além de guitarrista, fui vocalista lírico (de heavy metal), e no death metal me identifiquei muito com vocais como Chuck Schuldiner (Death) e Jeff Becerra (Possessed). Foi uma medida emergencial inicialmente, pois o vocalista anterior saiu faltando um mês para tocarmos no Crossover and General Metal XV, e eu falei “Eu canto nessa p…”, e o pessoal da banda acabou gostando da voz e fiquei (risos).

4- Vocês já tocaram em alguns eventos, estão planejando gravar? Pode nos adiantar algo a respeito? Sei que tem umas experiências com gravações. Pensam em gravar uma demo ou um material mais elaborado? Pode nos dar uma dica do que vem por ai?

Fred Serraglia – Sim, é um dos nosso objetivos. Já estamos com planos para este ano de gravarmos um álbum completo, bem elaborado. E um ou dois vídeo-clipes, assim que gravarmos o álbum. Tenho equipamento de gravação, vamos fazer um teste de gravação, e se tudo der certo, gravaremos o álbum na íntegra em casa mesmo. Vídeo-clipe, a mesma coisa, eu trabalho com edição de vídeos e tenho o equipamento para filmagem e mixagem. O Guilherme manja de mexer com a arte de capa e o Preto tem uma ideias muito boas para tudo isso também. Ou seja, nós três fazemos um pouco de tudo, (risos).

5- Em relação a ausência de um baixista na banda, sentem a necessidade por um ou já acertaram que as duas guitarras já dão o som que procuram? Sabendo que isso pode ser opção de muitas bandas.

Fred Serraglia – É inegável que o baixo dá um peso, principalmente numa banda de metal extremo. Mas, sinceramente, um bom e disponível baixista é uma artigo raro aqui em Uberlândia, já fizemos testes com alguns, mas que não se encaixaram com a banda. Mesmo assim, com duas guitarras estamos levando muito bem, de modo que não nos impede de tocar num festival com qualidade. No caso das gravações, eu mesmo gravarei a parte do baixo.

6- Fale um pouco da formação atual da banda, como cada um contribui para a composição das músicas.

Fred Serraglia – A maioria das músicas eu tive a ideia inicial, mas sempre passando pelas aprovações e modificações dos demais integrantes. O Guilherme cria as “levadas” de bateria de forma livre (e não decepciona) e o Preto já arrebenta com o peso, pois é o integrante que cresceu no berço do death metal, e dá o rumo nas músicas neste estilo. Então posso dizer que todas as músicas tem a nossa “assinatura” musical. Tanto que nossas músicas são bem diferentes uma da outra.

7- Diga o nome de umas bandas (nacionais ou internacionais) que tem influência direta para quando vai compor.

Fred Serraglia – Morbid Angel, Death e  Possessed têm influências muito fortes.

8- O que acha que pode melhorar a cena underground de uma forma geral?

O pessoal tem que prestigiar mais, pois eu vejo que tem muitos que têm bandas, tocam nos festivais. Mas quando têm festivais que tocam outras bandas, eles não vão, ou seja, “se eu não tocar, não vou”. E têm muitos que vão nos shows de bandas gringas, pagam um absurdo de dinheiro em ingresso, mas não paga 10 ou 20 reais para ver a banda de sua cidade.

9- O que acha da galera que tem acompanhado o som de vocês? Os eventos aqui em Uberlândia tem sido satisfatórios? O público tem respondido bem?

Fred Serraglia – Eu sou paulistano, venho de uma cidade que o público underground é grande, e quando vim para Uberlândia jamais imaginei que aqui tivesse um público underground forte. Eu vi pelo último evento que o Innominatum tocou, que público lotou e respondeu muito bem. Foi excelente.

10- Deixe uma mensagem para quem curte a Innominatum e o que podemos esperar daqui pra frente da banda.

Fred Serraglia – Muito death metal técnico e brutal, planos futuros para demais álbuns, apresentações e mostrar para o Brasil (e torcendo, para nível internacional), que o Triângulo Mineiro tem bandas excelentes de metal extremo. Um grande abraço à todos. Hail Legião do Metal Extremo.

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